10 junho 2009

Não Fujas Bandido

Manel Cruz @ S.Jorge - Foto: Tiago Alves



Se já não tinha grandes dúvidas em relação à qualidade do Manel Cruz enquanto músico e poeta, depois do concerto de ontem no S. Jorge fiquei com a noção certa do quão grande é essa mesma qualidade.

Foram os 15€ mais bem gastos nos últimos tempos.



Fui com mais uns 10 amiguinhos, que nem uma excursão a Fátima, ver o Santo Manel.

A ansiedade antes do concerto começou a crescer ainda estava em Cacilhas à espera do barco, depois de ter preenchido uma folha do livro de reclamações graças à incompetência dos senhores da Transtejo. Raios partam os cartões 7 colinas !
Chegados a Lisboa, paragem nos Armazéns do Chiado para encher a barriga. Por mais que goste de Manel Cruz, de barriga vazia não ia lá.
Nada melhor que McDonnald's para enganar a fome e subir o nível de colesterol.
Depois disso é claro que não há nada melhor que subir metade da Av. da Liberdade, até ao S. Jorge, a pé. O McMenu não perdoa se formos sedentários e comodistas, a minha barriguinha de estudante universitário que o diga.

Até chegar ao S.Jorge foram-nos mostrados cerca de 5 tipos de droga, por 3 gajos diferentes. O belo do monhé/cigano que passa por alguém e diz a olhar para a frente, como se não fosse nada:
- "Tenho haxe, coca, erva... queres ?"
- "Não, obrigado", respondo eu.

Chegados ao S.Jorge, são 21.30h, a hora marcarada no bilhete. Sempre pontuais, feitos portugueses de primeira.
Começam-se a ver cara conhecidas, os ditos famosos. Um Bruno Nogueira ali, um Nuno Lopes acolá, 5 metros atrás vem o Jel (desta vez sem o irmão e o típico "Kirikirikikiri"), entre outros.

A fila para entrar é enorme, vamos para a varanda falar e, quem o faz, fumar um cigarro. A fila fica mais pequena, começamos a entrar.
Entro e olho para o palco. Que confusão ! Cabos, mesas de mistura, orgãos, teclados, guitarras acusticas, guitarras electricas, baixos, pedais de distorção e muitas coisas que nunca tinha visto na vida. O paraíso de meios de qualquer músico, por mais merdoso que seja.

Sentamo-nos. Os lugar não são nada maus, ficam bem de frente para o palco, fila G.
Saco surrateiramente a minha máquina fotográfica, bem sei que é proibida, mas dumas fotos ao Manel ninguém me vai privar !
Conversas paralelas são ouvidas enquato esperamos, eu bem ansioso, pela entrada do Senhor.
As luzes apagam-se. Uma avalanche de palmas e ele ainda nem entrou.
"O senhor das luzes deve-se estar a sentir mesmo bem", digo eu ao Bernardo.
Pouco depois, entram os protagonistas da noite.


Dos melhores, senão o melhor concerto que vi até hoje.
Começou mortinho, dava vontade de dormir, notou-se um certo nervosismo. Depois da primeira salva de palmas e assobios foi sempre a andar ! Criou-se uma certa comunicação público-Manel, comunicação essa feita a base de "Obrigado" e palmas.
Foi coisa bonita de se ver; tanto talento ser aplaudido daquela forma.


E o resto ? O resto fica cá dentro e em fotos (bem rascas por sinal).

TA

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