28 fevereiro 2010

American Apparel









É daquelas coisas que me fazem pensar: "ainda bem que existe internet".
Dei de caras - se é que se pode usar esta expressão no mundo virtual - com esta marca "American Apparel" e estou completamente apaixonado pela fotografia.

Parece algo saído da câmara da Nan Goldin, embora completamente encenado e propositadamente provocatório.
Alegrou-me o dia.

TA

22 fevereiro 2010

Utilidade ?

SITEE - Sistema Integrado de Transportes e Estacionamento de Évora.

A Câmara Municipal de Évora (cidade onde estudo) tem, à semelhança de Almada (onde moro e cresci), uma empresa municipal (que raio, não consigo perceber esta definição... mas já lá vou) que se dedica à gestão e fiscalização do estacionamento público urbano da cidade.

Este tipo de empresa é criado, segundo nos é dito, como consequência de uma tentativa de reduzir o transito no centro das cidades... Como se alguém com carro e depósito cheio deixasse de lhe dar uso apenas porque a Câmara tem uma determinada visão sobre como se devem comportar os seus cidadãos.
De maneira a evitar o estacionamento desordenado é criada um equipa de "agente equiparados a agentes da autoridade" (outra definição que não consigo perceber) que não devem receber mais que o ordenado mínimo e andam de um lado para o outro à caça de veículos que não têm o mega bilhete que comprova o pagamento da taxa de estacionamento.

Basicamente o que estas empresas fazem é privatizar o espaço público. Podem contra argumentar de mil e uma maneiras, e posso até perceber alguns desses argumentos, o que é certo é que em última análise é isso que acontece.
A propriedade Estatal (Estado do qual, relembro, qualquer cidadão faz parte) é privatizada por empresas públicas. É aqui que a confusão se instala na minha cabeça.
Confesso que pouco percebo de Direito (este texto pode até reflectir essa condição), mas como raio pode propriedade Estatal, neste caso propriedade de uma Câmara Municipal, de um momento para o outro, passar a ser gerida por uma empresa pública criada por essa mesma Câmara Municipal ? É um contra-censo de todo o tamanho.
Todos os residentes de um município pagam impostos. Não deveriam ser esses impostos suficientes para gerir toda a máquina municipal ?

Segundo o relatório de contas da empresa, que pode ser consultado no site da empresa, o lucro do ano de 2009 foi de - 149.983,24€. Sim, 149.983,24€ negativos. Portanto, qual é a utilidade de uma empresa que para além de não dar lucro à Câmara Municipal não aparenta dar qualquer beneficio à população ? Isto, é claro, falando da área do estacionamento... Considero que a acção na área dos Transportes Público é da maior importância.

Eu sou estudante da Universidade de Évora, durante 5 anos vou contribuir para o comércio local... Eu e mais outros milhares de estudantes que, como eu, estão aqui deslocados.
Não existe qualquer tipo de cartão que possa ser utilizado por estudantes, com um preço acessível, de maneira a poder estacionar em qualquer zona da cidade, para assim não correr o risco de ter de pagar uma multa ou ter o veículo bloqueado.

TA

PS: sim, bloquearam-me o carro e estou completamente lixado com o SITEE. Sempre fui contra este tipo de empresa. Não acho correcto empresas serem responsáveis pela fiscalização de algo que deve estar a cargo das autoridades.

25 janeiro 2010

Se o AlGore sabe disto

Já percebi qual é a principal razão para o aquecimento global: a minha geração é responsável por grande parte das emissões de CO2, visto que é comum ouvi-la dizer "'Tou-ma cagar.".

TA

23 janeiro 2010

O TED às vezes deixa-me mal




Este gajo conseguiu dizer tanta merda em 18min que nem sei por onde hei-de começar.
Vou só comentar o mais escandaloso. O senhor diz que os edifícios não devem ser simples, visto que o pensamento, como acto, não é simples... portanto, uma vez que o pensamento não é simples o resultado formal também não o deve ser. É claro que este senhor não percebe que a simplicidade formal implica um pensamento conceptual super complexo. A desconstrução de elementos, ao mínimo e necessário, tem por detrás um pensamento altamente complexo mas, no entanto, bastante concreto e simples.


Não me admira que o Museu de Toronto desenhado por este senhor tenha sido eleito o "Pior Edifício da Década" pelo Washington Post.

TA

21 janeiro 2010

Leigo e Descomprometido

De um leigo e descomprometido para as interwebs, é assim que se deve ler este texto (se é que alguém lê isto para além de mim).


Ainda agora, numa visita pelo fantástico site TED - ideas worth spreading, vi um video da comediante / filosofa Emily Levine em que esta fala da sua maneira bastante particular de ver o mundo. Ela espera encontrar e ver contradições em tudo o que é assunto, através de uma análise racional bastante própria, como comediante.
Diz ela, a dada altura, que se sente bem a falar sobre assuntos que não conhece ou sobre os quais não sabe quase nada, porque grande parte das vezes introduz um assunto novo à discussão, bastando para isso procurar uma contradição. Em parte relaciono-me com ela; também adoro falar sobre o que não sei. A minha capacidade para encontrar contradições é que já não é das melhores... Mas este texto não é sobre isso.

O que me chamou mais a atenção no vídeo da Sr. Levine - em parte porque já tinha pensado nisso mas sem conseguir articular muito bem o pensamento - foi quando esta abordou o problema da linguagem própria de uma "classe profissional" (economistas, cientistas, médicos, artistas, arquitectos) perante essa "classe social" e o resto do mundo. Achei isto fascinante porque me ando a debater com esta questão há uns tempos, sem nunca ter conseguido perceber onde estava o cerne da questão, e finalmente acho que com a ajuda desta senhora organizei parte desta confusão de massa cinzenta.

Desde que entrei para o curso de arquitectura tenho usado as palavras "espaço", "relação", "conceito" com mais frequência do que digo "bom dia" ou "boa tarde". No inicio, ao ouvir estas palavras, apesar de conhecer o seu significado e saber utilizá-las num contexto mais descontraído e quotidiano, demorei até perceber o seu significado no contexto da arquitectura. Ainda hoje me debato com isso. Uso palavras que sempre usei num contexto diferente, e isso subverte o significado que lhes dei, ou que fui ensinado a dar à priori. Talvez passe por aqui parte do ensino, não sei.

Acontece que este fenómeno é transversal a varias classes profissionais e sociais. A conclusão não é nova - o que o é afinal ? - e isto já tinha percebido, muito graças a outro comediante, George Carlin (com este e este exemplos, entre outros).

Acontece que, se analisarmos bem a questão, percebemos que essa manipulação do uso da linguagem vai além do simples uso das palavras.
A exportação de uma palavra para um determinado contexto (o da arquitectura por exemplo) obriga a que, imediatamente, a palavra perca o seu significado intrínseco e passe a adoptar o significado da situação. Ou seja, a palavra deixa de ser um conceito entendido por todos para ser um conceito entendido apenas por alguns, desde que também a usem dentro daquele contexto.
A questão passa a ser fascinante quando, o problema deixa de ser um problema de contextualização - aliás todos conhecemos o velho ditado que diz: "a língua portuguesa é traiçoeira" e certamente grande parte terá ouvido uma ou outra música do Quim Barreiros - e passa a ser uma questão de atitude perante um determinado problema.

A utilização de uma linguagem própria por uma classe não vem sozinha, traz consigo ideologias e maneiras de analisar o mundo. Acontece que o mundo é feito de diversidade e essa diversidade transporta consigo esta questão da linguagem elevada ao expoente máximo. O problema com a diversidade é não assumir que essa diversidade existe, ou querer que a diversidade não exista.
Outro problema é pensar que este uso da linguagem não fecha a sociedade em grupos, quando o faz.
Farto estou eu de ver noticiários, documentário e afins e não perceber determinada situação apenas porque a linguagem é adaptada a uma classe da qual eu não faço parte. É frustrante ouvir um discurso e, não por falta de inteligência (modéstia à parte), não perceber o que foi dito. E mais frustrante ainda é quando esse discurso é feito e quem o faz sabe que está a usar a linguagem, algo que é facilmente reconhecido por todos, como arma para se defender de algo... Estou a falar da maneira "genial" como a publicidade, politica, etc. usam a linguagem para afastar tudo aquilo que não lhes interessa: o entendimento da grande maioria da população mundial. Aqui é quando a questão cheira mesmo mal.


Portanto, para que haja uma boa discussão e até mesmo entendimento entre esses grupos sociais e profissionais, o primeiro passo será reconhecer que existem diversas maneiras de utilizar a linguagem e o segundo é tentar adaptar essa linguagem a uma linguagem que possa ser usada num panorama mais universal.
Tudo isto para uma melhor discussão de ideias, ou até mesmo para achar contradições entre as várias classes (ei, também fiz um back flip !).

TA

28 agosto 2009

O mal-dizer dos ingratos

Blasted Mechanism, feira de Corroios. Não me diz grande coisa, gosto da originalidade sonora, sem grandes euforias.
Lá vou eu.
Uns trocos em cerveja para afinar a disposição no tom da alegria. Nada de mais. Ou nada de menos, não sei. Ouve-se a música, fala-se com aqueles que importam e não se diz nada de mais.
Merdices à parte, o resultado é boa disposição.

É difícil encontrar o tom, mas ele chega, um pouco desafinado, no entanto.
Mais 2€, não há-de ser nada. O BP (Banco dos Pais) paga a conta e no extracto nem vem discriminado... Como se quer.
Já chega de música. Prefiro dois dedos de conversa sobre nada que dizem mais do que muito.
A companhia é boa. Não há mal que se atreva a vir por bem.

No caminho para casa deparo-me com a cidade, essa que vou ter de aturar durante as primaveras vindouras. Essa que vai ser a farinha do meu pão de cada dia, se tudo correr bem durante os 4 anos que se seguem, a brincar aos Arquitectos.

Edifícios erguem-se a minha volta, criando um "enorme LEGO de betão".
Deparo.me então com a evolução. Como? Como é passámos de grutas, cabanas e casas feitas pelos 3 porquinhos a isto ?
Como é que passámos da caça e pesca ao super-mercado ?
Como é que passámos da auto-sustentação ao consumismo puro e duro ?
Será que os valores pelos quais nos regemos mudaram assim tanto ?
Será que mudamos assim tanto ?

Não temos consciência da sorte.
Tomamos tudo como garantido: Se existe, eu, como habitante de um país de primeiro (segundo, se quiserem) mundo, tenho o direito de o ter ! Quem existe acima de mim ?
Esse ser invisível que existe no céu, que nem com a nossa ida ao espaço se mostrou, não está acima de mim...
Já pensaram nisso ? Fomos ao espaço. Eu não, mas nós fomos.

Mas não, vamos resmungar. Nunca nada está bem, não pode.
O mundo nunca está à minha imagem. E deus (seja lá ele quem/o que for) sabe como isso é mau.
Eu sou tão invejoso que não aceito a diferença que o espelho não mostra... E se o espelho mostrasse o espírito ? Nem vou falar disso.

Cambada de sortudos que só sabem dizer mal enquanto esse mal-dizer os mantiver numa posição confortável, bem ergonómica. Não faz mal à coluna. As dores de costas são chatas. E as de cotovelo ? Essas então são daquelas que fazem lembrar a tia que no Natal nos oferece sempre a mesma prenda.


E cá estou eu. Num canto, sem nada de mais a acrescentar, a mal-dizer dos que mal-dizem por mal-dizer, só porque sim.

TA

18 junho 2009

Coisas do ego

Gosto de falar sobre tudo.
Por mais ignorante que seja gosto de dar uma palavra, a minha palavra.
Defender ideias e não nos deixarmos levar por outra opiniões é coisa que valorizo bastante.

Como todos, corro sempre o risco de entrar no campo da demagogia e do falso moralismo. Falar é fácil, conversa de café é o que não falta por aí. Hoje em dia a "conversa de café" passou para a internet, passou a ser "conversa de blog". Muito se diz, muito se fala, muito se discute, pouco se faz. Eu enfio a carapuça.


Se há coisa que não gosto é certezas.
Quanto a certezas tenho uma: nasci e vou morrer. Cliché, eu sei.
Entre os dois é que está a piada disto.
Não me venham dizer como devo viver os entretantos, os espaços em branco, eu não faço isso. Tenho uma posição consciente em relação à minha ignorância sobre muita coisa. Não vou dar missa a ninguém, não estou a cima dos outros, nem me encontro abaixo.
A incerteza é a minha única certeza, sorte daqueles que conseguem lidar com isso.


Politica é reflexo do exercicio onanista de certezas.
"A minha certeza é melhor que a tua !", "A tua certeza não presta e cheira a cócó !".
Putos no recreio do Palácio de S. Bento a comparar tamanhos de pila.

Instituições religiosas, nem me falem. Dispenso arrogância. A dúvida é tão melhor, dá bem mais sentido a tudo.
A fome pela vida, com fome de certezas, é usada para mover multidões. Promessas de vida para lá da morte, 70 virgens no Céu ou 2 putas no Inferno fazem os carneirinhos tresmalhados portarem-se como lhes é dito que se têm de portar.
Alguém diz que isso é mau, e tem de ser
O Bem e o Mal sem o "Bal" ou o "Mem".
É o preto e branco, sem tons de cinzentos. E os tons do arco-iris ? Ninguém lhes dá crédito.


Não sei. Quero tentar saber. Quando o souber continuarei a não ter a certeza que o sei, é tão bom.
Assim estou aberto, assim respeito a diferença, assim tenho os meus valores sem os tentar impor.
Não quero ser ditador de mentalidades, não quero que o sejam. A liberdae individual é a maior dádiva que temos, se soubermos o que isso é. Eu não sei. Sei que respeito quem não é o que sou, façam isso comigo.. por favor.




Um dia hei-de construir um monomento às minhas ideias.. um dia.
Um dia há-de haver alguém que o entenda.. um dia.

Um dia serei eu e um dia.

10 junho 2009

Não Fujas Bandido

Manel Cruz @ S.Jorge - Foto: Tiago Alves



Se já não tinha grandes dúvidas em relação à qualidade do Manel Cruz enquanto músico e poeta, depois do concerto de ontem no S. Jorge fiquei com a noção certa do quão grande é essa mesma qualidade.

Foram os 15€ mais bem gastos nos últimos tempos.



Fui com mais uns 10 amiguinhos, que nem uma excursão a Fátima, ver o Santo Manel.

A ansiedade antes do concerto começou a crescer ainda estava em Cacilhas à espera do barco, depois de ter preenchido uma folha do livro de reclamações graças à incompetência dos senhores da Transtejo. Raios partam os cartões 7 colinas !
Chegados a Lisboa, paragem nos Armazéns do Chiado para encher a barriga. Por mais que goste de Manel Cruz, de barriga vazia não ia lá.
Nada melhor que McDonnald's para enganar a fome e subir o nível de colesterol.
Depois disso é claro que não há nada melhor que subir metade da Av. da Liberdade, até ao S. Jorge, a pé. O McMenu não perdoa se formos sedentários e comodistas, a minha barriguinha de estudante universitário que o diga.

Até chegar ao S.Jorge foram-nos mostrados cerca de 5 tipos de droga, por 3 gajos diferentes. O belo do monhé/cigano que passa por alguém e diz a olhar para a frente, como se não fosse nada:
- "Tenho haxe, coca, erva... queres ?"
- "Não, obrigado", respondo eu.

Chegados ao S.Jorge, são 21.30h, a hora marcarada no bilhete. Sempre pontuais, feitos portugueses de primeira.
Começam-se a ver cara conhecidas, os ditos famosos. Um Bruno Nogueira ali, um Nuno Lopes acolá, 5 metros atrás vem o Jel (desta vez sem o irmão e o típico "Kirikirikikiri"), entre outros.

A fila para entrar é enorme, vamos para a varanda falar e, quem o faz, fumar um cigarro. A fila fica mais pequena, começamos a entrar.
Entro e olho para o palco. Que confusão ! Cabos, mesas de mistura, orgãos, teclados, guitarras acusticas, guitarras electricas, baixos, pedais de distorção e muitas coisas que nunca tinha visto na vida. O paraíso de meios de qualquer músico, por mais merdoso que seja.

Sentamo-nos. Os lugar não são nada maus, ficam bem de frente para o palco, fila G.
Saco surrateiramente a minha máquina fotográfica, bem sei que é proibida, mas dumas fotos ao Manel ninguém me vai privar !
Conversas paralelas são ouvidas enquato esperamos, eu bem ansioso, pela entrada do Senhor.
As luzes apagam-se. Uma avalanche de palmas e ele ainda nem entrou.
"O senhor das luzes deve-se estar a sentir mesmo bem", digo eu ao Bernardo.
Pouco depois, entram os protagonistas da noite.


Dos melhores, senão o melhor concerto que vi até hoje.
Começou mortinho, dava vontade de dormir, notou-se um certo nervosismo. Depois da primeira salva de palmas e assobios foi sempre a andar ! Criou-se uma certa comunicação público-Manel, comunicação essa feita a base de "Obrigado" e palmas.
Foi coisa bonita de se ver; tanto talento ser aplaudido daquela forma.


E o resto ? O resto fica cá dentro e em fotos (bem rascas por sinal).

TA

08 junho 2009

Já está

Depois de tanto alarido, já está.
Votei pela primeira vez, soube bem.

Vitória do PSD, 31,7% dos eleitores votaram em Paulo Rangel e Cia.
Em segundo lugar, com 5% de diferença, o PS. Parece que só 26,5% querem ser como eles, europeus.
O Bloco de Esquerda conseguiu 10,7% de votos. A vitória da esquerda critica assumida.
A CDU bem perto com 10,6 pontos percentuais.
O CDS-PP com os seus 8,4%, fecha a lista dos partidos com mais visibilidade em Portugal. Provou que as sondagens não são meios fiáveis de previsão da intenção de voto.

Gosto de analisar isto à minha maneira, bem leiga e descomprometida.
Mas fica para mim, porque, verdade seja dita, ninguém vê isto e agora tenho mais que fazer.

O PNR conseguiu 0,4%.. afinal ainda há MESMO uns quantos atrasados mentias neste país.


TA

01 junho 2009

Europeias

O circo está montado.
Arma-se a tenda, desta vez do tamanho de um continente.


Qual a importância que isto tem, poucos sabem.
Qual o papel que cada eurodeputado tem e de que maneira isso afecta o panorama nacional, poucos sabem.
Como podemos mudar o nosso país através num voto na Europa, poucos sabem.
Quais são candidatos e as suas ideias, poucos sabem.

A desinformação e o desinteresse pela politica não é novidade, na minha idade então é o pão nosso de cada dia. Felizmente, no meu grupo de amigos mais chegados, a grande maioria tem uma opinião formada em relação ao mundo em que vive, alguns até têm simpatia por partidos e um outro é militante (ganha juízo Filipe Pacheco).


Partidos politicos, apesar de toda a retórica, nunca me disseram grande coisa.
Tenho ideias próprias, com certeza que mais ninguém há-de concordar em tudo comigo, felizmente. Prezo isso bastante.
Não vejo sentido em votar em partidos, uma vez que, ao votar num aglomerado de ideologias, o voto perde individualidade e personalidade.

Deixamos de ser "nós", passam a ser "eles".
Deixamos de viver numa democracia (lato sensu; aquela que vai em direcção ao que o povo quer) e passamos a viver numa Partidocracia (termo ouvido por mim, pela primeira vez, da boca desse grande senhor de nome Manuel João Vieira; entre outras coisas, vocalista dos Ena Pá 2000 e Irmãos Catita e candidato à Presidência da República Portuguesa), onde os interesses partidários e guerras politicas se sobrepõem por completo aos interesses da população.
Ainda assim fiz um daqueles questionários, os chamados quiz, aqui.

Eis o resultado:




Fiquei surpreendido.
Primeiro porque não conhecia o Partido Humanista, muito menos as suas ideias, depois porque não estava a espera de ser tão "de esquerda", achei que era ali mais para o centro.
Fiquei também surpreendido com a posição em que o MMS aparece, se admitirmos que este teste é 100% fiável, mostra que a propaganda e a comunicação social podem fazer com que tenhamos uma ideia errada em relação a muita coisa, visto que, à partida, até simpatizei com o movimento.


Dia 7 lá estarei eu.
Voto em Branco para dentro da urna.

E é isto.
TA



Bom, ao menos o PNR apareceu bem lá em baixo; ainda assim, 32% de concordância com eles deixa-me assustado.
Em tom de brincadeira, espero não sonhar que estou no Marquês de Pombal, a boicotar cartazes dos Gato Fedorento, mostrando com orgulho a suastica tatuada no meu peito, enquato grito "White Pride World Wide", a fugir com medo de um sindicalista da CGTP que acabou de dar um soco ao Avô Cantigas (também conhecido por Gepetto ou Vital Moreira) que, depois do Benfica ter perdido, ainda vem com mais vontade de me bater :D

19 abril 2009

Everything is amazing

Se calhar o gajo até tem razão.
Somos uns "spoiled idiots that don't care".

Vejam, vale a pena.



TA

17 março 2009

Há coisas que me fazem espécie

Um dela é a expressão fazer espécie.

Outra é a publicidade insultuosa. Insultuosa no que diz respeito à maneira como um produto é apresentado, e não estou a falar em usar a sexualidade / sensualidade e afins em anúncios, isso consigo tolerar até certo ponto, quando não é usado gratuitamente e até consegue ser usado de forma inteligente.

Refiro-me antes a certas palavras e expressões que são usadas para, não direi enganar, mas iludir e convencer o consumidor a comprar ou aderir determinado produto/serviço.
Fico sempre de pé atrás quando ouço palavras e expressões como:

- 20% Grátis
- Devolvemos o seu dinheiro
- Pague rapidamente e sem juros
- Produto certificado por técnicos/especialistas da área
- Garantimos a sua satisfação
- O mais barato
- A marca mais vendida
- Não encontra mais barato
- ...

Ninguém dá nada a ninguém sem saber que vai ter algo em troca, e de certeza que os senhores que precisam de publicidade para vender o seu "peixe" não fogem à regra, aliás, provavelmente a regra foi criada para estes senhores.

Gostava de ter sido educado, nos meus primeiros anos de vida, de maneira a ter noção de todas as trafulhices que existem neste mundo. Desta maneira poupava uns belos contos de reis (sim, geração de 89, quando se faziam compras com escudos, in da house) aos meus pais e tinha uma colecção de Action Man's e Lego bem menor.
É incrível a facilidade com que a publicidade entra na cabeça dos putos. Eu lembro.me bem da lavagem cerebral que sofria todos os fins-de-semana de manhã, nos intrevalo entre os MotoRatos de Marte e os PowerRangers. Como eu muitos da minha geração, e posteriormente muitos das gerações seguintes.




Uma vez, um professor meu disse-me, quando levei uma das minha habituais T-shirts "de marca", que trazer o logotipo de uma marca na T-shirt era das formas mais geniais de publicidade, uma vez que eu tinha pago muito mais do seria suposto por aquela T-shirt ter o tal logotipo/marca e ainda estava a ser usado como cartaz publicitário ambulante.
De certa maneira não liguei muito, achei que era uma pequena brincadeira para me "picar". Mas o que é certo é que isso me ficou na cabeça até hoje.
O que também é certo, é que estava certo.
Não me considero materialista, mas entrego-me a certos luxos e manias. Se há coisas que os luxos precisam é de uma certa irracionalidade. É isso que a publicidade explora.
Um luxo é algo "meta-necessário" (será que a palavra existe ?), algo que vai para além das nossas necessidades básicas, e são os luxos que a publicidade nos impinge.

O anúncio mais verdadeiro do produto ideal teria o slogan "Só porque você precisa", no entanto se a necessidade de ter um determinado produto/serviço é assim tanta, não há necessidade de haver publicidade ao mesmo, porque o mais natural é haver por parte do consumidor uma procura imediata desse mesmo produto/marca sem a publicidade.


Aqueles que ensinam/vivem a Publicidade dizem que esta não "engana" mas "mostra apenas o lado positivo do produto".
A minha mãe diz-me que não há muita diferença entre mentir e não contar a verdade.

Trabalhar em publicidade era, provavelmente, das últimas coisas que conseguiria fazer. Seria algo demasiado enganador para me deixar dormir tranquilo à noite.

TA

17 fevereiro 2009

Então e eu ?

Esquerda, direita, centro, comunismo, nacionalismo, liberalistas, conservadores, e todo um sem número de etiquetas que se costumam colar a quem opina.

Mas então onde ficam aqueles que têm opinião própria, desprovida de partido e ideologia politica ? Ou ainda melhor, onde ficam aqueles que não acreditam em partidos e ideologias politicas, porque não se identificam minimamente com tais conceitos ?

É por essa que nunca me hão-de apanhar a votar consoante partidos e muito menos a militar num. Eu tenho opiniões em relação ao mundo civilizado e à sociedade em que vivo, tendo isso em conta tento defende-la da melhor maneira, pura e simplesmente não há partido politico que consiga fazer com que eu me identifique na sua totalidade.

Em quem é que voto se for a favor (e não estou a dizer que sou) da privatização da saúde, contra a privatização da educação, a favor do casamento homossexual, contra o aborto, contra a emigração, a favor da eutanásia e contra a morte medicamente assistida ?
Ainda não encontrei nenhum partido que reunisse todas estas condições, nem vou encontrar porque ninguém me pode representar na totalidade a não ser eu mesmo.

Já sei, ou voto em branco ou fico em casa a coçar a micose enquanto o circo politico arma a tenda lá fora.

TA

06 fevereiro 2009

Que falta de sei lá o quê...


Que falta de brio partidário.
Acham que isto se faz ? Por amor de Deus (diz um ateu).

A sério, isto não se faz. Isto está completamente errado de um ponto de vista de design...



Para a próxima não façam isto, para a próxima peçam a alguém que saiba usar o Photoshop. A ferramenta Liquify foi extremamente mal utilizada. Não havia necessidade, eu fazia isso melhor !
Era bem melhor usar um outro nariz e fazer uma montagem, fica bem melhor.

TA

26 janeiro 2009

Vai um Xanax ?

Fim de semestre.
Avaliações, exames e frequências.

Como bom português que sou, deixei o trabalho mais importante para último.
Cheira-me a directa. Cheira-me a directa misturado com k-line, cola UHU Poor e esferovite.

Vamos embora, a cadeira de Projecto I não espera por mim de certeza.

TA

20 janeiro 2009

Este sim !


Nós por cá na SIC.

Este sim, este sim. Haja mais como este !
Eu por cá, aprovo. E muito.

TA

Não lhe liguem



Deixem-no em paz.
Não, a sério, deixem o homem em paz.

Ele acredita num homem invisível que vive no céu e vê tudo o que fazemos, a tudos os minutos de todos os dias.

Eu nunca lhes liguei muito, apesar de me irritarem solenemente..
Se ninguém lhes ligar pode ser que moderem as opiniões e rejuvenesçam valores e os tragam para o ano 2009.
Não crucifiquem o homem pelo que disse, já lhe bastou o filho do patrão, e esse acabou por se tornar famoso à conta disso.

Apesar de tudo, o JC (é assim que eu gosto de o tratar, como um amigo trata outro), conseguiu dizer coisas bem mais acertadas que acabaram por ser distorcidas. Nessa altura não foi pelos jornalistas (como agora querem fazer parecer), mas foram, e continuam a ser, distorcidas por esses tais que "espalham a sua palavra".
Espalhar isso espalham, mas também se espalham ao comprido quando as interpretam.

Enfim, "amem-se uns aos outros, como eu vos amei.".
Isso sim, é coisa acertada de se dizer.

O melhor do Mundo, o Pior da Turma


Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro.

Ele é o melhor do Mundo, a jogar à bola.
Ele é provavelmente o pior entrevistado da "Grande Entrevista". Quer dizer.. há sempre o Alberto João Jardim.

Cada macaco no seu galho, não ponham o puto a dar mais entrevistas naquele tipo de programa.. a sério. Na cabeça tem tudo para fazer o que faz com uma bola nos pés, não lhe peçam para ter eloquência suficiente para enfrentar aquele tipo de entrevista.
Ele que fique pelas entrevistas com o Daniel Nascimento, aí está no seu ambiente.


Deste aqui com dois pés esquerdos, vão para ti os meus parabéns Ronaldo !

As tardes da decadência


Que o horário da tarde em televisão portuguesa era triste e adequado para QI's inferiores a 20 pontos, já todos sabíamos. Agora o que eu não sabia era como podiam ser tão divertidos e ao mesmo tempo deixar.me triste e deprimido.

Os temas são variadíssimos, desde "O meu pai usava gravata com cores berrantes", até "Tenho 2 pêlos púbicos encravados", passando por "Perdi o meu animal doméstico e custou-me muito".. Enfim, temas de bastante interesse público e de uma enorme carga intelectual. (Aqui usou-se a ironia)

É o tipo de programa ideal para a minha avó, que está no outono da sua vida e precisa de algo para a entreter. Até aqui tudo bem, ainda bem que assim o é. É sinal que a minha querida avó ainda está conosco e não tem de andar preocupada com a sua vidinha, já teve bastante tempo para isso.
O que não está bem é a estupidificação que este tipo de programa provoca a quem o vê. As pessoas vêem isto, a pessoas ficam contentes, as pessoas não pedem mais.
Conformam-se com isto, embora sejam chamadas de estúpidas, fúteis e levianas, mesmo sem o saberem.

Faz tudo parte do sistema.

"As Tardes da Júlia", o "Toca a Ganhar", "O Primeiro Jornal", o "Benfica vs Sporting" e todos esses programas que servem para entreter sem educar e exigir uma consciência critica a quem os vê. Isto não leva a lado nenhum, servem para entreter o "povinho" (e digo isto sem qualquer desprimor pelo dito "povinho") enquanto são fodidos à força toda pelo sistema e por aqueles que têm poder e fazem o que bem lhes apetece. Tudo isto enquanto o povo assiste e nada faz porque, no fim de contas, tem algo que o entretem e o faz sentir bem em relação à sua vida e posição que ocupa no mundo.

A televisão, que poderia ser um óptimo veículo para a educação e formação critica da população mundial, é usada pelo próprio sistema (sistema esse que ela deveria ajudar a por no sítio) para controlar essa população. O sistema controla-a mesmo sem precisar de intrevir tão directamente como seria de pensar.
E porquê ? Porque não se pede mais. Toda a gente se conforma com o nível a que está e não se pede mais, o sistema fica contente porque assim a grande maioria da populaçao anda entretida e não exige mais daqueles que, em teoria, deveriam reprensetar os seus interesses.
Em vez disso temos uns quantos no poder (e não estou a falar em Governos, esses são uma pequena parte do poder) que fazem o que querem à descarada, coisas que toda a gente com 2 palmos de testa e uma consciência crítica consegue ver. E está aí o problema, a consciência crítica...

Dois palmos de testa toda a gente tem.
Capacidade de descortinar o que está por detrás de cada acontecimento politico e social, nem todos.

E por isso mesmo, para este discurso todo não se tornar hipócritca, exijo, neste meu espaço, uma formação de mentalidade critica em todas as escolas !
Calem-se com as revindicações do costume, aquelas tretas infantis e rídiculas da "educação sexual" e "fim dos exames nacionais" que só fazem os alunos do ensino secundário ficarem mal vistos.
Vamos pedir uma Formação Cívica em condições. A disciplina até existe e tudo !
Vamos pedir para que vos seja dada em condições.

Porque, e agora vou distorcer um bocado as palavras do JFK, não podemos esperar que o poder faça tudo por nós, temos de ser nós a tentar fazer algo para que o poder que, numa verdadeira democracia, temos, se transforme em algo que existe realmente.

E perguntem sempre, sempre, o "Porquê ?" de tudo.

TA